As cidades de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra estão em processo de investigação para esclarecer a contaminação da água em seus territórios. Em Ribeirão Pires, foi detectada a presença de espuma no Rio Ribeirão Grande na tarde da última quarta-feira (17), enquanto em Rio Grande da Serra, equipes de fiscalização ambiental identificaram peixes mortos nas proximidades da estação, sem confirmação de uma conexão entre os dois incidentes.
Vinicius Amante, Secretário de Verde e Meio Ambiente de Rio Grande da Serra, informou ao Diário que a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) foi acionada para coletar amostras no local nesta sexta-feira (19). Além disso, ofícios foram enviados à Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e à Unipar, uma empresa química situada entre Rio Grande da Serra e Paranapiacaba, solicitando verificações em suas instalações.
Amante destacou relatos semelhantes recebidos durante o período festivo de dezembro e mencionou que laudos de dezembro de 2023 descartaram contaminação química, apresentando resultados inconclusivos. O secretário aguarda esclarecimentos e menciona suspeitas de descarte inadequado de esgoto, mas ressalta que é prematuro tirar conclusões.
A quantidade de peixes mortos surpreendeu Oswaldo Sarem, pescador esportivo de 69 anos, que frequenta o Rio Grande para pescar. Ele expressa preocupação com a possível contaminação dos peixes e insta a tomada de medidas para resolver a situação.
Sarem observa que, durante o período de chuvas, a água do Rio Grande permanece limpa, mas com a diminuição das chuvas e a redução da corrente, animais mortos voltam a aparecer. Ele também destaca a presença aumentada de garças, indicando uma possível facilidade para se alimentarem devido à quantidade de peixes mortos.
Em Ribeirão Pires, a Secretaria de Meio Ambiente e Bem-estar Animal já iniciou procedimentos para identificar a origem da espuma no Rio Ribeirão Grande. O secretário Temístocles Cristofaro sugere que as espumas possam ser provenientes de detergentes depositados no rio, resultado de resíduos já presentes no leito do rio. Técnicos da Secretaria coletaram amostras de água para análise de qualidade, que serão enviadas ao Instituto Adolfo Lutz, visando identificar o tipo de contaminante químico que pode ter causado a formação da espuma. A preservação dos recursos hídricos e a proteção da fauna e flora foram destacadas como prioridades pela Prefeitura de Ribeirão Pires.
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