No último domingo (25/12), durante um período de saída autorizada, Leandro Lustoza, conhecido como 'Maníaco do Natal', tirou a vida de Renata da Silva Teles em Campinas. Esse trágico episódio remete a um histórico macabro, pois cinco anos antes, em 24 de dezembro de 2018, ele havia cometido feminicídio contra Maria Helena dos Reis, sua companheira em Ribeirão Pires.
Apesar de cumprir uma pena de 12 anos de reclusão pelo primeiro homicídio, Lustoza foi liberado temporariamente para a comemoração natalina e repetiu seu padrão de violência.
Após o ato, ele se reapresentou à penitenciária nesta quarta-feira (27/12), sendo indiciado por homicídio pela Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DDHP) da Deic de Campinas. Consequentemente, sua pena será regredida do regime semiaberto para o fechado.
Alegando ter ingerido bebidas alcoólicas no dia do crime, o agressor afirmou à polícia não se recordar dos eventos que levaram à morte da cozinheira. Segundo seu relato, ele conheceu Renata em um bar no sábado (23/12) e passaram a beber juntos desde então.
Lustoza acompanhou Renata até um hotel na tarde de sábado (24) e, na madrugada do domingo (25), deixou o local sob o pretexto de comprar fraldas. O corpo da vítima foi descoberto no dia seguinte, quando os funcionários do hotel, sem resposta aos chamados e com o término da diária, adentraram o quarto.
Esse episódio cruel se junta ao ato anterior de violência de Lustoza, quando atacou sua companheira com facadas em uma chácara em Ribeirão Pires, em 2018. Após o crime, ele fugiu e foi capturado em 26 de dezembro, em Juquitiba.
O histórico criminoso resultou na decretação da prisão preventiva e sua condenação pelo Tribunal do Júri em 2021. Contudo, em agosto de 2023, ele obteve progressão para o regime semiaberto, aprovado pela Justiça devido ao seu comportamento considerado exemplar na prisão.
Esse caso terrível levanta questões sobre a concessão de saídas temporárias e progressões de regime para indivíduos de perfil violento, ressaltando a necessidade de revisão de políticas carcerárias e maior rigidez na avaliação de comportamento para evitar tragédias como essas.
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