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Sabado, 18 de Maio de 2024

Saúde

Diferenças entre o Pernilongo e o Aedes Aegypti o mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya, Febre amarela e Zika

Uma das principais dúvidas da população é o reconhecimento do Aedes, que muitas vezes é confundido com um simples pernilongo.

Rafael Rodrigues
Por Rafael Rodrigues
Diferenças entre o Pernilongo e o Aedes Aegypti o mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya, Febre amarela e Zika
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Segundo a Fiocruz, em comum, o Aedes aegypti e o Culex quinquefaciatus, o pernilongo doméstico, têm em comum o fato de serem os mosquitos mais urbanos do mundo.

Em entrevista à Agência Fiocruz de Notícias, o pesquisador José Bento Pereira Lima, do Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), apresentou as diferenças entre as duas espécies e aponta as principais medidas para eliminar seus criadouros. Afinal, para combater a dengue é importante saber como é e como se comporta o seu transmissor.

Segundo Pereira Lima, o Aedes aegypti deposita seus ovos preferencialmente em águas limpas – suas larvas não conseguem sobreviver em reservatórios poluídos, com dejetos e muita matéria orgânica, enquanto o Pernilongo  prefere colocar seus ovos em criadouros bastante poluídos, com muita matéria orgânica em decomposição.

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“O Aedes aegypti coloca seus ovos em água limpa, não necessariamente potável, mas com pouco material em decomposição. Por isso, é importante reforçar que alguns cuidados básicos são fundamentais para o controle do vetor da dengue: tampar caixas e tonéis de água, desentupir ralos que possam acumular água, jogar fora pneus velhos, evitar deixar garrafas e recipientes que possam acumular água da chuva em área descoberta e virá-los de cabeça para baixo, eliminar pratinhos com água embaixo dos vasos de planta”, lembra José Bento.

O Aedes aegypti coloca os ovos na parte úmida próxima à lâmina d’água e não diretamente na água, como faz o Pernilongo.

Os ovos do mosquito transmissor da dengue podem ficar até um ano no seco e ainda assim serem capazes de originar novos mosquitos e encontrarem condições propícias para eclodir. “Os ovos podem ser carregados para outras regiões pela ação humana e resistir até as chuvas do próximo verão, dificultando as ações de controle”, destaca o pesquisador.

Se o meio em que se reproduzem não é o mesmo, a proximidade com os domicílios sim. O pesquisador explica que os dois mosquitos possuem uma preferência por se alimentar de sangue humano e estão muito associados à presença do homem. “No Brasil, quando nos afastamos de cidades e áreas urbanas, é difícil verificar a presença de qualquer um dos dois. Todo o seu ciclo de vida, o acasalamento e a postura dos ovos, se dá dentro ou próximo de domicílios”, explica o pesquisador.

Dentro das casas, é fácil diferenciá-los: quando adulto, o Pernilongo  tem uma coloração marrom e as pernas não possuem marcação clara, enquanto o Aedes aegypti é mais escuro e possui marcações brancas no corpo e nas pernas. Além disso, o Aedes aegypti costuma ser mais ativo durante o dia, em especial no início da manhã e no fim da tarde, alimentando-se de sangue, geralmente de partes baixas do corpo, como pés e canelas.

“É bom lembrar que isso não significa que ele não pique à noite”. É um mosquito oportunista: se o morador deixar uma perna ou braço exposto próximo ao abrigo do Aedes aegypti, provavelmente será picado mesmo à noite.

“O Pernilongo, por sua vez, é um mosquito estritamente noturno, que prefere se alimentar no horário em que as pessoas estão em repouso”, ressalta o pesquisador.

Dentro de casa os dois convivem bem e costumam ser encontrados nos mesmos abrigos: debaixo de mesas, atrás de móveis e entre cortinas.

Fonte: Agência Fio Cruz de Notícias

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