A Prefeitura de Mauá divulgou, por meio de suas plataformas oficiais de redes sociais, que a cidade registrou um aumento nos casos positivos de dengue. Segundo os dados, há 233 casos confirmados, dos quais 122 foram contraídos localmente em Mauá, enquanto 689 aguardam resultados. Entre as 1.296 notificações realizadas, 374 foram negativas para a presença do vírus. Destaca-se que a faixa etária mais afetada compreende indivíduos entre 30 e 49 anos.
Em meio à preocupação com um golpe que tem sido perpetrado na cidade, a Prefeitura ressalta a importância de os moradores receberem os agentes de saúde durante as vistorias. Alertam para relatos de pessoas se passando por profissionais de saúde com objetivos desconhecidos. A administração municipal, por meio de postagens no Instagram, detalha características dos agentes oficiais, como vestimenta e identificação com crachá. Salienta-se que os agentes legítimos não prometem cestas básicas ou botijões de gás, não fotografam os moradores e não solicitam dados pessoais.
O aumento inesperado no número de casos nesta época do ano contraria as tendências históricas, que apontam o pico das epidemias entre março e abril. Diversos fatores contribuem para essa situação atípica, incluindo as mudanças climáticas, especialmente durante o período de chuvas, e a alteração nos sorotipos circulantes do vírus da dengue.
A imunidade para a dengue é específica para cada sorotipo, o que torna a circulação de diferentes sorotipos um fator de risco para a disseminação da doença, atingindo parte da população desprotegida. Atualmente, 17 unidades federativas apresentam incidência de dengue acima do histórico esperado, com 15 delas registrando uma tendência crescente, esperada para persistir até pelo menos o final de março em grande parte do país. Ressalta-se ainda a possibilidade da circulação de outros vírus, como o oropouche na região Norte, destacando a importância dos esforços para fortalecer a vigilância sentinela e virológica.
O Brasil bateu a marca de um milhão de casos de dengue em 2024, mostram números atualizados nesta quinta-feira (29) do Painel de Monitoramento de Arboviroses, do Ministério da Saúde. Ao todo, são 1.017.278 casos e 207 mortes até agora, além de outras 687 em investigação. O total é mais da metade do registrado ao longo de 2023 e acima por completo de 17 anos da série histórica, como 2021, 2020, 2018 e 2017. Com ênfase nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, resultando em 195 óbitos confirmados e 672 em investigação.
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