A diretora técnica do Hospital Municipal Dr. Radamés Nardini, Lívia Machado Cerveira de Oliveira, revelou que em alguns dias não há cadeiras de rodas e macas disponíveis para transportar os pacientes. Essa situação grave evidencia os desafios enfrentados pela unidade de saúde, que não apenas atende os moradores da cidade do Grande ABC, mas também de municípios vizinhos como Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e da Capital, além de vítimas de acidentes em estradas importantes da região, como o Rodoanel Mário Covas e a Índio Tibiriçá.
O hospital opera com uma estrutura mensal que custa R$ 10 milhões, um valor significativo que impacta consideravelmente o Orçamento da administração do prefeito Marcelo Oliveira (PT). Em resposta a uma solicitação do Paço, o secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva, se comprometeu em dezembro de 2023 a enviar uma quantia mensal de R$ 1,5 milhão à gestão municipal por um ano. No entanto, quatro meses se passaram e o dinheiro ainda não foi repassado.
A urgência de auxílio ao Hospital Nardini é clara ao se observar os números. Das 1.200 internações mensais registradas no hospital de Mauá, 240 são de pacientes provenientes de Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Capital e até de cidades mais distantes, como o caso do aposentado Jamil Thami, 70 anos, que reside em Taubaté, a 150 km de distância, e foi internado após passar mal durante uma visita a familiares em Ribeirão Pires.
Outros dados sobre o funcionamento do centro de saúde também destacam a gravidade da situação. São realizados 8.200 atendimentos médicos por mês, dos quais 15% são de pessoas que não residem em Mauá ou no Grande ABC, totalizando 1.230 pacientes. Além disso, há 1.800 atendimentos ambulatoriais mensais, com 15% desses casos (270) sendo de pacientes de fora das sete cidades.
Diante desse cenário, o recurso prometido pelo secretário estadual de Saúde se mostra essencial para garantir que o Hospital Nardini não tenha que enfrentar dificuldades ainda maiores em um futuro próximo.
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